Data deve ser a aposta das marcas para 2022
Pelo segundo ano consecutivo as festas que marcam o mês do São João não poderão ser realizadas devido à pandemia de Covid-19. Isso representa uma enorme perda para diversos setores e cidades do interior, cujas economias dependem da movimentação de pessoas nesta data. Americo Neto, presidente da Associação Brasileira de Agências de Publicidade (ABAP-BA), acredita que neste ano o São João terá um caráter mais intimista e voltado para as comidas típicas.
“Ainda vivenciamos um momento delicado. Este ano, o comércio deve estar voltado para os trajes e comidas típicas. O São João é uma festa voltada para a comida e para a música, então várias marcas que produzem alimentos vão conseguir faturar. Também há demanda para os produtores de licor artesanal”, aposta.
Já as lives, que foram o ponto alto de 2020, perderam sua força. No entanto, segundo ele, ainda é possível que as marcas se utilizem desse formato para se comunicar. “Esse ainda é um escape para as pessoas curtirem a música. As mesas vão estar cheias e a festa será celebrada em família, mesmo com poucas pessoas”, acredita Americo.
Foco na regionalização
Americo acredita que as marcas precisam reconhecer a importância da data e investir em regionalização para o ano de 2022. “Para muitas cidades do interior, o São João é como o Carnaval é para Salvador. É nesse período que entra dinheiro, que as pessoas alugam suas casas, vendem licor, vendem comida. Muitas marcas ainda não enxergam o potencial que essa festa tem”, avalia.
“Essa é uma festa forte, que movimenta pessoas, dinheiro e que as marcas não podem ficar de fora. Além disso, as empresas vão precisar investir em regionalizar a sua comunicação. São as agências locais que conhecem a realidade do estado e como aproveitar as oportunidades, mostrando quais são as cidades, as festas, onde as marcas devem estar e onde devem anunciar”, garante Americo.